Pato fala sobre aposentadoria e reflete sobre a falta de oportunidades no São Paulo: 'Fui falar com o Dorival e...'

Desde que deixou o São Paulo no fim de 2023, após uma passagem de apenas 10 jogos, Alexandre Pato está sem clube. Apesar disso, o atacante afirma que ainda não tomou uma decisão definitiva sobre a aposentadoria.
“Estou vivendo um momento de transição. Tenho conversado com ex-jogadores, como Ronaldo e Kaká, para entender como eles lidaram com essa mudança e quais são os desafios. Não é um processo simples. Às vezes, assisto a jogos na TV e penso que ainda poderia jogar, dependendo do estilo do técnico. Se eu me preparar por um mês ou um mês e meio, com alguns jogos, acho que daria. Estou parado há quase um ano e meio”, contou em entrevista ao jornalista Duda Garbi.
“Penso muito no meu filho hoje. Gostaria de entrar em campo com ele, mas ele tem só um ano, e vai demorar até que ele entenda isso. Então, o que eu posso fazer agora? O que é melhor para mim? Estou feliz no momento. Preciso ser estratégico para que isso não vire um caos”, completou.
A possibilidade de aposentadoria também é influenciada por sua passagem pelo São Paulo, que deixou o jogador desanimado. Segundo Pato, a falta de sequência em campo o incomodou, e ele não conseguia entender por que jogava tão pouco, mesmo buscando explicações.
“No São Paulo, em 2023, vivi coisas que não me agradaram, e isso me desmotivou. Meu contrato era baseado em produtividade: eu tinha um salário fixo e, dependendo do tempo que jogasse, poderia renovar automaticamente com um aumento. Mas não consegui atuar o suficiente para isso. Eu me preparei muito, falava com o Dorival, perguntava ao presidente, mas não entendia por que não jogava”, desabafou.
“Estreei contra o Red Bull Bragantino, fiz gol contra o Santos e pensei: agora vai engrenar. Joguei como titular contra o Flamengo, um jogo duríssimo, e fui bem. Mas depois eu mal entrava, às vezes só por cinco minutos. Cheguei a perguntar ao Dorival o que precisava fazer. Ele disse: ‘Pato, não tenho nada contra você, naquele jogo eu perdi a noção do placar e do tempo’. Entrei com quase nada de jogo pela frente. Eu estava pronto, o técnico e o presidente têm seus papéis, mas eu não queria que isso me afetasse”, continuou.
“Eu queria muito jogar, dizia que ia me preparar, e o Dorival me incentivava: ‘Você tem que voltar para a seleção’. Mas eu não tinha chances. Depois, percebi uns movimentos: eu precisava jogar 40 ou 60% dos jogos para algo acontecer, teve venda de jogador, coisas que eu não queria mais viver. Eu me dedico, quero jogar pelo que mostro em campo. Tudo bem, eu amo o São Paulo e espero que meu filho torça pelo clube”, finalizou.
E um retorno ao Internacional?
Revelado pelo Internacional, onde despontou em 2006, Pato não esconde o carinho pelo Colorado. No entanto, um retorno nunca esteve perto de acontecer. Segundo ele, a única conversa com o clube foi em 2020, mas sem propostas concretas.
“O Rodrigo Caetano falou comigo, mas foi só conversa, nada oficial. Eu mostrei interesse, mas não chegou nada. As propostas que tive para voltar ao Brasil foram de Corinthians, São Paulo, Athletico-PR, Palmeiras e Flamengo. Do Inter, nunca veio nada. Tudo bem, o Inter está fazendo seu trabalho. Eu torço por eles, o Borré é meu grande amigo, jogamos juntos no Villarreal”, revelou.
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