Calor sufocante, pés doloridos e 'impossível de jogar': temperaturas altas, comparadas às do Brasil, geram críticas em PSG x Atlético e alertam até o Flamengo

Na estreia do Mundial de Clubes, o PSG venceu o Atlético de Madrid com facilidade no Rose Bowl. Porém, o grande destaque após o jogo não foi a goleada, mas o calor intenso que tomou conta do estádio.

Quando a partida começou, por volta das 12h no horário de Los Angeles, a sensação térmica marcava 31ºC, deixando os jogadores visivelmente desgastados.

“Que situação, né? O calor era realmente impressionante, mas precisamos nos adaptar. Sabemos que é complicado jogar assim, e isso afeta os dois times. Tentamos nos preparar no dia anterior e fizemos o melhor possível, apesar do calor”, disse Fabián Ruíz, autor do primeiro gol.

Alguns atletas relataram desconforto ainda maior. Marcos Llorente, do Atlético de Madrid, contou que sentiu dores nos dedos dos pés devido à alta temperatura do gramado.

“Estamos tentando nos acostumar a jogar nesse horário, algo que não é comum na Europa, com esse calor. É igual para todos, mas é quase impossível. O calor é insuportável, meus dedos dos pés estavam doendo, as unhas pareciam que iam explodir”, desabafou.

“No fim, era quase sufocante, e o campo fazia a bola correr rápido demais. É difícil, não estamos habituados a jogar nesse horário, mas isso não é desculpa, pois é igual para todos”, completou Javi Galán.Koke, capitão do Atlético, comparou o calor com o que enfrentou na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. “Muito quente. No Brasil, lembro que saíamos de uma região fria para uma quente. Aqui, estamos em uma área de calor, treinamos no mesmo horário do jogo, então estávamos mais preparados que naquela vez”, recordou.

Vitinha, eleito o melhor em campo pelo PSG, destacou que a posse de bola ajudou seu time a sofrer menos. “É complicado jogar assim, mas é igual para os dois lados. Acho que foi pior para o Atlético, porque eles não conseguiram manter a posse. Correr atrás da bola é mais desgastante. Mas, de fato, é muito difícil”, admitiu.

Até o técnico do PSG, Luís Enrique, criticou as condições climáticas, apontando que o calor influenciou diretamente o placar. “Minha análise é que o jogo foi condicionado pelo calor. No final, é impossível manter um nível alto por 90 minutos nessas condições. O calor definiu a partida”, avaliou.